domingo, 11 de novembro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
ANÉIS DE AR
Anéis de ar *

Lindo é o golfinho
que baila no mar
nada á luz do dia
e á luz do luar
Seu sorriso amigável
atrai o ser humano
que encantado o observa
cruzar o oceano
Com ar inocente
o golfinho brinca contente
desenha nas águas móveis
curiosos anéis de ar
que agitados se dissolvem
diante do humano e perplexo olhar
Úrsula Avner
Anéis de ar *

Lindo é o golfinho
que baila no mar
nada á luz do dia
e á luz do luar
Seu sorriso amigável
atrai o ser humano
que encantado o observa
cruzar o oceano
Com ar inocente
o golfinho brinca contente
desenha nas águas móveis
curiosos anéis de ar
que agitados se dissolvem
diante do humano e perplexo olhar
Úrsula Avner
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
COISA BOA
l Sônia Barros

COISA BOA
Coisa boaé empinar pipa no pasto.
Para não se perder no infinito,
o olhar se prende no rastro colorido
que o rabo da pipa pinta no céu.
A pipa é só um pontinho
lá longe
em cima da linha do horizonte.
Coisa boaé a hora do banho
pra eu me fazer de marinheiro
e transformar em mar
a água do chuveiro.
Rodo vira remo,
tapete vira barco,
e o banheiro...
fica um charco!
Coisa boa
é correr atrás
de uma galinha-d’angola.
Ela diz que está fraca,
mas dá uma baita canseira.
Parece que joguei bola
a manhã inteira!
é correr atrás
de uma galinha-d’angola.
Ela diz que está fraca,
mas dá uma baita canseira.
Parece que joguei bola
a manhã inteira!
Coisa boaé descansar num tapete macio
de folhas e grama.
Mastigar um talo de cana,
ouvindo o uivo do vento
e o burburinho do rio.
A LUA É DO RAUL
A LUA É DO RAUL
Raio de lua.
Luar.
Lua do ar
azul.
Roda da lua.
Aro da roda
na tua
rua,
Raul!
Roda o luar
na rua
toda
azul.
Roda o aro da lua.
Raul,
a lua é tua,
a lua da tua rua!
A lua do aro azul.
Gato da China
GATO DA CHINA

Era uma vez
Um gato chinês
Que morava em Xangai
Sem mãe e sem pai
Que sorria amarelo
Para o Rio Amarelo
Com seus olhos puxados
Um pra cada lado
Era um gato mais preto
Que tinta nanquim
De bigodes compridos
Feito um mandarim
Que quando espirrava
Só fazia “chin!”
Era um gato esquisito
Comia com palitos
E quando tinha fome
Miava “ming-au!”
Mas lambia o mingau
Com sua língua de pau
Não era um bicho mau
Esse gato chinês
Era até legal
Quer que eu conte outra vez?
Do CD Brincando com Palavras (2005)
Um gato chinês
Que morava em Xangai
Sem mãe e sem pai
Que sorria amarelo
Para o Rio Amarelo
Com seus olhos puxados
Um pra cada lado
Era um gato mais preto
Que tinta nanquim
De bigodes compridos
Feito um mandarim
Que quando espirrava
Só fazia “chin!”
Era um gato esquisito
Comia com palitos
E quando tinha fome
Miava “ming-au!”
Mas lambia o mingau
Com sua língua de pau
Não era um bicho mau
Esse gato chinês
Era até legal
Quer que eu conte outra vez?
Do CD Brincando com Palavras (2005)
terça-feira, 26 de junho de 2012
MATEANDO COM A MAMÃE
MATEANDO COM A MAMÃE
Odilon Ramos
Foi hoje, agora a pouco
Eu fiz um mate assim,
Tão bem feitinho, cevado com
Tal jeito e carinho
Que eu me lembrei
Assim de relancina
Do primeiro mate que tomei
Foi minha mãe que fez
E era tão doce,
Doce como ela era e ainda é
Eu era piá, um naquinho de gente
E para ganhar um mate
Eu esperava
Até que ele não fosse mais forte
E nem tão quente
No beiral da porta da cozinha
Que era de chão batido
Varridinha com a vassoura de guanxuma
Eu me sentava e pedia manhoso:
_ mãe! Me dá um mate?
E esperava até que ela achasse
Que já dava para dar um mate
Para o seu guri
Quantas lições de vida eu aprendi
No mate doce que minha mãe fez
Aprendi obediência
Aprendi a ter paciência para espera a minha vez
_ Segura com as duas mãos!
_ Não vá mexer na bomba!
Eram ordens, mas tão brandas
Dadas com tanta ternura!
Da boca da minha mãe eu nunca ouvi nome feio
Nunca uma palavra dura
Que puxa! Quanta saudade
Minha infância, a mocidade
E aquele mate inocente
Que sem ser forte e nem quente
Era tudo que eu queria
Como eu ficava radiante
E me sentia importante
Com aquela cuia de mate
Que minha mãe me estendia
E foram mates de leite
As vezes mate de mel
Com açúcar esfregado
Com canela, que minha mãe fazia
Diferente um do outro cada dia
Minha mãe agora velhinha!
E espera as horas, dias sentadinha
Ou suspirando debruçada na janela
Que este filho, gaudério desgarrado
Um dia desses sente do seu lado
E tire um tempo para matear com ela
Eu sou sim mãezinha, te prometo..
Também ando cansado de matear sozinho
E quando eu bolear a perna no teu rancho
Deixe que eu ceve um mate pra nós
Uma mate doce, que eu vou adoçar pra ti
Com meu carinho.
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