sexta-feira, 30 de setembro de 2011
AULA DE LEITURA
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
COR DA LÁGRIMA
COR DA LÁGRIMA
Por que a lágrima não tem cor?
Enquanto chorava, me pus a pensar.
Se fosse vermelha como sangue,
as minhas vestes poderiam manchar.
Se a lágrima fosse amarela,
a cor da alegria, expressar tristeza jamais poderia.
Se fosse azul,
a cor da serenidade,
eu não choraria jamais.
Seria só tranqüilidade.
Se fosse branca
como pétalas de rosas,
não seriam lágrimas...
Mas pérolas preciosas.
Ainda mais uma vez
fiquei me questionando...
Por que a lágrima não tem cor?
Se ela fosse preta,
só expressaria o horror?
Por que será que a lágrima não tem cor?
A lágrima não tem cor...
Porque nem sempre exprime dor.
E se ela fosse roxa, como poderia
expressar a alegria?
As lágrimas não têm cor
porque são expressões da alma.
Quando o espírito está chorando,
o coração diz: tenha calma!
Se a lágrima tivesse cor
deveria ter a cor do amor.
Ou mesmo a cor da paixão,
que as vezes invade o coração.
Ou talvez a cor da tristeza
que abala a alma e tira a calma,
mas faz em meu ser uma limpeza.
A lágrima não tem cor,
porque ela nos aproxima do nosso Criador.
Se a lágrima tivesse cor,
eu só iria chorar de alegria.
Mas, e a lágrima da saudade?
De que cor ela seria?
E a lágrima da decepção,
de que cor seria então?
Se a lágrima tivesse cor
deveria ter a cor de um brilhante.
Como a lágrima é preciosa,
Deus deu-lhe a cor do diamante.
Wayne W. Dyer
TREM DE FERRO
| Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isso maquinista? |
–
–
A FONTE E A FLOR( cair das folhas)
Deixa-me, fonte, dizia,
A flor, tonta de terror,
E a fonte, rápida e fria,
Cantava, levando a flor.
Deixa-me, deixa-me, fonte,
Dizia a flor, a chorar.
Eu fui nascida no monte,
Não me leves para o mar!
E a fonte, rápida e fria,
Com um sussurro zombador,
por sobre a areia corria,
Corria, levando a flor.
“Ai, balanços do meu galho,
Balanços do berço meu,
Ai, claras gotas de orvalho,
Caídas do azul do céu!”
“Carícias das brisas leves
Que abrem rasgões de luar,
Fonte, fonte, não me leves,
Não me leves para o mar!”
………
As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a da fonte e da flor
O CAROÇO
Bastos Tigre
Eu comi ontem, no almoço,
A azeitona de uma empada,
E depois, botei o caroço
Sobre a toalha engomada.
Mas a mamãe logo nota
E me ensina com carinho:
”O caroço não se bota
Sobre a toalha, meu benzinho!...”
Tudo o que ela me diz, eu ouço,
Sempre com toda a atenção.
E pergunto-lhe: “O caroço,
Mamãe, onde boto, então?”
”Toda pessoa de linha,
De educação e de trato,
O osso, o caroço, a espinha,
Põe num cantinho do prato.”
Eu depressa lhe respondo,
Com respeitoso carinho:
”Mas meu prato é redondo,
Meu prato não tem cantinho!...”
O NINHO DO BEIJA-FLOR
Walter Nieble de Freitas
No verde mar das ramagens
Da trepadeira florida,
Certo dia eu descobri
Preciosa jóia escondida.
Era um ninho e três ovinhos
De mimoso beija-flor
Linda conchinha com pérolas
Feita com arte e primor.
Na modéstia desse lar,
Construído com afeto,
Eu senti como era grande
O pequenino arquiteto!
Coisas assim,tão singelas,
Têm a magia, o condão
De mostrar toda a grandeza
Da Divina Criação.
O NINHO DO BEIJA-FLOR
Walter Nieble de Freitas
No verde mar das ramagens
Da trepadeira florida,
Certo dia eu descobri
Preciosa jóia escondida.
Era um ninho e três ovinhos
De mimoso beija-flor
Linda conchinha com pérolas
Feita com arte e primor.
Na modéstia desse lar,
Construído com afeto,
Eu senti como era grande
O pequenino arquiteto!
Coisas assim,tão singelas,
Têm a magia, o condão
De mostrar toda a grandeza
Da Divina Criação.
MENINO LUXENTO
A ESTRELINHA
Deus
Eu me lembro! Eu me lembro! _ Era pequeno
E brincava na praia; o mar bramia,
E, erguendo o dorso altivo, sacudia,
A branca espuma para o céu sereno.
E eu disse a minha mãe nesse momento:
"Que dura orquestra! Que furor insano!
Que pode haver maior que o oceano
ou que seja mais forte que o vento?"
Minha mãe a sorrir, olhou pros céus
E respondeu: _ Um ser que nós não vemos,
É maior que o mar que nós tememos,
Mais forte que o tufão, meu filho,é Deus.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
A BONECA
MEUS OITO ANOS
Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta no peito,
_ Pés descalços, braços nus
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar mangas,
Brincava à beira mar
Rezava as Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
_ Que amor, que sonho, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
à sombra das bananeiras
Debaixo das laranjeiras!